A pedido das associações representantes dos moradores, a audiência pública vai discutir inúmeros eventos que têm sido fontes constantes de incômodo aos residentes, com música alta, fogos de artifício e aglomerações de pessoas que muitas vezes perduram até altas horas da noite.
Por meio de um requerimento do vereador Roberto da Farmácia (Avante), a Câmara Municipal de Belo Horizonte irá realizar uma audiência pública, no próximo dia 13 de dezembro, às 13h30m, no Plenário Camil Caram, para discutir os excessos de eventos realizados no bairro Belvedere, bem como a destinação das corridas. A região tem recebido inúmeros eventos esportivos e outros que têm gerado enorme desconforto para os moradores, tendo em vista a recorrência dos mesmos, o volume de pessoas que concentram no bairro na véspera e no dia do evento, além do excesso de veículos estacionados pelas ruas e outros comprometendo o trânsito na região.
De acordo com a justificativa do vereador, que recebeu a demanda da diretoria da Associação de Moradores do Belvedere (AMBB) e da Associação de Amigos do Bairro Belvedere (AABB), a comunidade, que é conhecida por sua tranquilidade e qualidade de vida, tem sido afetada negativamente pelo aumento constante de festas, shows, competições esportivas e outras atividades que, diante do grande volume e recorrência, perturbam a paz local.
Tumulto e o barulho excessivo
Para quem mora no bairro, principalmente, nas proximidades da Lagoa Seca, o tumulto e o barulho excessivo provenientes desses eventos têm sido fontes constantes de incômodo para os residentes. Música alta, fogos de artifício e aglomerações de pessoas muitas vezes perduram até altas horas da noite, estão prejudicando o descanso e o bem-estar dos moradores. Além disso, o aumento significativo do tráfego de veículos devido aos eventos resulta em congestionamentos nas vias do bairro, tornando a locomoção uma tarefa árdua.
Para o presidente da AABB, Ubirajara Pires, o Belvedere não possui uma infraestrutura adequada para acomodar eventos do tipo, muito menos para veículos dos participantes que ficam estacionados em locais proibidos, obstruindo a entrada de residências e causando transtornos adicionais aos moradores. Ele questiona um acordo feito no passado, na gestão anterior, que determinava eventos que até então eram os únicos permitidos. Além disso, o dirigente explica que o espaço utilizado para tais eventos públicos está sendo degradado, com toda a infraestrutura urbana danificada, com prejuízos aos moradores que ficam responsáveis pela manutenção de calçadas, lixeiras, entre outros.
Segurança pública
Outro ponto abordado na audiência é a questão da segurança pública, que se tornou uma preocupação constante, devido à aglomeração de pessoas em eventos vultuosos, com risco de vários acidentes. “Queremos que as autoridades tomem uma providência e medidas para controlar a realização desses eventos. É difícil para o morador acordar em pleno domingo às 6 horas com o som alto de animadores de eventos, ou mesmo com os incômodos de fechamento de ruas e de montagem das estruturas até altas horas na véspera dos eventos. A situação ficou incontrolável e isso está comprometendo a qualidade de vida das pessoas”, disse Ubirajara Pires.
A moradora Ana Beatriz Guimarães, moradora de um edifício na Rua João Antônio Azeredo, disse ao JORNAL BELVEDERE que a situação já passou dos limites. E que não é possível um bairro como o Belvedere receber eventos dessa natureza. Segundo ela, “não pode haver escolha para liberação desse ou daquele evento. É preciso mudar o local de todas as corridas e festas. O bairro não comporta mais corridas.”, declarou.
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