Nesta semana, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga manipulação de apostas em jogos de futebol aprovou os primeiros requerimentos de convite de autoridades para depor no colegiado. Dentre os 11 requerimentos aprovados na primeira reunião, dois são do deputado mineiro Fred Costa (Patriota), o único de Minas que teve propostas aprovadas na comissão.
Os requerimentos de Fred Costa convidam Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova Futebol Clube e Cyro Terra Peres, Procurador–Geral de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás, para prestar informações à comissão.
O órgão também vai ouvir responsáveis pela Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, que investiga o aliciamento de jogadores para fraudar o resultado de partidas de campeonatos estaduais e do Campeonato Brasileiro.
Fred Costa destaca que é importante obter o máximo de informações possível para que os fatos sejam esclarecidos e que as punições sejam adequadas. “Essas práticas precisam ser devidamente coibidas porque causam prejuízo não apenas econômico, mas também à imagem do esporte, do País e até mesmo à integridade física dos demais jogadores”, afirma. Segundo ele, a CPI poderá ajudar a ter clareza sobre os agentes envolvidos e sobre como funciona o sistema de corrupção das apostas.
Ele também apresentou um projeto de lei para punir qualquer pessoa que se envolver em fraudes em competições esportivas. As punições afetam tanto o atleta, quanto o aliciador: os envolvidos poderão ter pena de 2 a 12 anos de reclusão, e ela será maior para fraude que tenha relação com apostas. Caso comprovada a prática, o profissional poderá ser banido do esporte.
Não é a primeira vez que Fred Costa se envolve no assunto. O deputado também foi relator da lei da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), que permitiu a reestruturação de diversos clubes brasileiros, tornando-se clubes-empresas.
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