Com a ampliação, a capacidade instalada da ETE passará de 25 litros/s para 75 litros/s. Foram investidos mais de R$ 17,2 milhões no incremento da capacidade instalada da ETE, considerada uma das mais modernas do Estado.
A Companhia de Abastecimento de Minas Gerais (Copasa) inaugurou, no último dia 7 de dezembro, as obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Vale do Sereno, em Nova Lima. Ao todo, foram investidos mais de R$ 17,2 milhões no incremento da capacidade instalada da ETE, considerada uma das mais modernas do Estado. A obra foi executada em dois anos. A solenidade de inauguração da obra contou com as presenças do prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez, do presidente da Copasa, Guilherme Duarte, de diretores e equipes técnicas da companhia, e de secretários municipais.
Com a ampliação, a capacidade instalada da ETE passará de 25 litros/s para 75 litros/s. A concepção para o redimensionamento da ETE requereu um arranjo técnico que possibilitasse à Copasa o aproveitamento da área disponível, na região onde está lotada às margens da MG-030, e ao lado do Vale dos Cristais. Para elevar a capacidade de tratamento foi adotado como processo de tratamentos os lodos ativados, seguidos de decantadores secundários.
As obras compreendem a instalação de dois conjuntos metálicos de aço inox (reator aerado e decantador secundário), com capacidade de 25 l/s cada, um adensador de lodo e dois tanques de equalização. De acordo com a Copasa, a tecnologia é o grande diferencial dessa nova estrutura. Na ETE Vale do Sereno a empresa implementou a primeira ponte raspadora do decantador em aço inoxidável, os equipamentos para operação totalmente automatizada, e o processo de tratamento é por meio de lodos ativados. Além disso, estes foram os primeiros tanques em aço inoxidável implantados em estações de tratamento de esgoto em Minas, construídos pelo processo de dobra dupla.
Em seu pronunciamento, o presidente Guilherme Duarte agradeceu o empenho da equipe envolvida na obra e reforçou que a Copasa tem como prioridade atender às demandas do município. “Nossa meta é sempre atender de forma mais adequada todos os nossos clientes. Esse empreendimento executado com tecnologia de ponta permitiu que os tanques fossem instalados sem impacto ambiental, promovendo mais qualidade de vida aos moradores da região”, afirmou.
Parceria fundamental
Por sua vez, o prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez, disse que a parceria com a Copasa é fundamental para o município e agradeceu o investimento na ETE Vale do Sereno e também no Jardim Canadá. “Aqui a população estava sub atendida e agora passa a ter uma capacidade muito maior. Quero destacar que a prefeitura passou a tratar o saneamento básico com atenção especial. Pela primeira vez, temos uma diretoria com esse olhar específico para essa área e vamos avançar bastante ao longo dos anos”, afirmou. O prefeito ressaltou sobre as demandas que ainda precisam ser atendidas. “Temos uma missão muito grande pela frente, a cidade tem desafios enormes, mas agora com o poder público discutindo com parceiros importantes como a Copasa, e com um olhar específico para o tema, tenho certeza que vamos avançar bastante. É um compromisso e uma responsabilidade que esta gestão tem com Nova Lima”, ressaltou.
Capacidade triplicada
O diretor de Operação da Copasa, Guilherme Frasson, explicou que essa obra triplicou a capacidade de tratamento justamente prevendo a expansão populacional da região. “A companhia faz uma projeção em cima do Plano Diretor do município, de novos empreendimentos e, a partir daí, calcula a vazão projetada para o futuro”, disse. Segundo ele, as obras da companhia são feitas com uma projeção em função da tendência de crescimento da região assistida.
O diretor disse que a empresa vinha adotando algumas medidas alternativas para melhorar o tratamento, de forma que o mesmo ficasse dentro dos padrões requeridos pela legislação. “Agora, haverá uma folga no tratamento e as alternativas imediatas deixam de ser usadas. Como a ETE estava operando na condição limite de tratamento, nos períodos de pico – quando as pessoas se preparam para sair, no horário de almoço e no final da tarde e horários de banho – a vazão aumenta muito e aí certamente houve uma grande piora no odor exalado. O tratamento de esgoto é biológico e as estruturas implantadas estão em fase de ajuste do próprio bio-sistema, de bactérias que estão sendo formadas. Existe um prazo de 30 a 90 dias até que haja uma estabilização na condição de tratamento”, explicou.
Segundo a Copasa, com a nova tecnologia usada, o tratamento de lodo ativado, a eficiência de remoção de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio, que mede a matéria orgânica que chega no esgoto efluente) da ETE e a aeração prolongada será possível chegar em torno de 94% de eficiência. E, ao passar por todo esse processo com este grau de eficiência, a água será jogada no corpo receptor (riacho), uma vez que ele atende os parâmetros exigidos. Mas, de acordo com a empresa, nenhum esgoto tratado tem 100% de padrão de eficiência.
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