Moradores do Belvedere inconformados com as corridas de rua no bairro

Com o aumento de corridas e o número de inscritos cada dia maior, o Belvedere vive dias de caos nas vésperas, com a instalação das estruturas, e no dia da competição com o barulho e trânsito impedido, com a restrição e dificuldade para moradores entrarem e saírem de suas residências.

Diretores das Associações de Moradores do Bairro Belvedere (AMBB) e da Associação de Amigos do Belvedere (AABB) e o vereador e atual secretário de Assuntos Institucionais e de Comunicação, Claudinei Dulim, se reuniram com o secretário de Política Urbana, João Antônio Fleury Teixeira, para tratar sobre a realização de corridas na Lagoa Seca e no bairro. O motivo da reunião foi em relação ao descumprimento de acordo celebrado entre a gestão municipal e as entidades representativas de moradores, sobre a limitação dos eventos de corridas permitidas, até então quatro eventos por ano. Atualmente, a permissão para esse tipo de evento vem aumentando cada dia mais, deixando moradores inconformados.

Com a incidência de novas corridas e o número de inscritos também aumentando, o Belvedere vive dias de caos nas vésperas, com a instalação das estruturas, e no dia da competição com o trânsito impedido, com a restrição e dificuldade para moradores em entrar e sair de suas residências, além de outros problemas causados, como o incômodo do barulho das instalações, da concentração e largada das corridas. Geralmente, os eventos acontecem bem cedo e se estendem até o meio-dia, tirando o sossego e a tranquilidade de todos. Demandados por inúmeros moradores do bairro, as associações agora lutam para tirar o Belvedere do roteiro de todos os eventos dessa natureza.

Durante a reunião, o secretário solicitou aos moradores que esclarecessem oficialmente sobre os principais problemas causados pela realização de corridas, o que gerou um documento oficial assinado pelos dois presidentes das associações – Ubirajara Pires e José Eugênio de Castro. No documento, os dirigentes informaram que os eventos vêm sendo realizados à revelia, sem conhecimento das entidades, tumultuando e até paralisando as principais vias de acesso e circulação do bairro, durante três dias seguidos, com fluxo elevado de veículos ocupando todas as áreas de estacionamento da Lagoa Seca, parando em garagens e locais proibidos.

Segundo informou Ubirajara Pires, os eventos levaram os moradores à exaustão, com o espaço sendo usado de forma abusiva, cerceando o direito de ir e vir, com muitos proibidos de sair de suas garagens, ficando praticamente presos em casa. “Estamos falando de eventos que trazem um fluxo de até 8 mil pessoas para o bairro, entre corredores, pessoal de apoio, prestadores de serviços e público visitante. Aqui temos um espaço restrito que é uma área para o lazer, e que com esse movimento tem gerado até mesmo insegurança para todos. E, com isso, toda a comunidade local fica à mercê dessa desordem, completamente desprotegida. Além disso, há a questão do barulho que começa com a instalação dos equipamentos dois dias antes da corrida e culminam com a abertura das corridas em plena manhã de domingo, dia de descanso dos moradores. E, ainda há o lixo que é lançado e está entupindo a lagoa seca que é nossa bacia de contenção de águas de chuva”, destacou.

Ainda segundo o dirigente, as corridas têm trazido outros inconvenientes, com pessoas utilizando as laterais da lagoa para suas necessidades fisiológicas ao invés de utilizarem banheiros químicos, com o local exalando mau cheiro por vários dias. “Esses espaços não são apropriados para corridas e outros eventos e a população do bairro não suporta mais tanto incômodo com esse. Queremos uma solução por parte da gestão municipal”, reiterou.

Com a palavra, a PBH.

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Comment (1)

  • Murilo Reply

    Engraçado… tem motador do Belvedere correndo na Pampulha…

    29 de setembro de 2023 at 15:29

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