Andamos no Nissan Kicks Play Advance Plus, que é a versão topo de linha do SUV da marca japonesa que recebeu sobrenome de Play e ganhou alguns equipamentos para segurar a onda enquanto seu irmão mais novo (a nova geração que chega em breve será completamente diferente) não chega. A opção agora conta com novo sistema multimídia, com tela de oito polegadas, alerta de colisão frontal com assistência de frenagem e bancos em couro. O conjunto motor 1.6 aspirado, que gera 113cv quando abastecido com etanol, e o câmbio do tipo CVT com seis marchas simuladas, é o mesmo do modelo anterior e tem uma pegada mais de economia do que de performance. Merecem destaque o acabamento interno de boa qualidade, o espaço tanto para passageiros como para bagagens, o bom acerto da suspensão, que consegue equilibrar bem conforto e estabilidade; e a boa calibragem da assistência elétrica da direção, que garante maciez nas manobras e um “bom peso” em velocidades mais elevadas.
No visual do Nissan Kicks Play, destaque para a grande grade em preto brilhante, também presente em uma moldura em volta dela; os faróis em LED com luzes diurnas, as bonitas rodas de liga de 17 polegadas com aros mais vazados e as lanternas traseiras em LED que sobressaem-se da carroceria e são “unidas” por um elemento estético dão um charme à traseira. Por dentro, o acabamento não é sofisticado, mas é de boa qualidade e causa boa impressão ao primeiro olhar com bancos volante e painel revestidos em couro e detalhes em preto brilhante no console e nas saídas de ar. O espaço interno acomoda com certo conforto quatro adultos e uma criança e a capacidade do porta-malas (de 432 litros) comporta bem a bagagem de uma viagem mais longa.
O volante tem boa pega e abriga os comandos do computador de bordo, os controles de sistema de áudio e do telefone e o controle automático de velocidade. Para encontrar uma boa posição de dirigir, o motorista conta com ajuste de altura do seu banco e de altura e distância da coluna de direção. Com tela colorida e sensível ao toque de oito polegadas, o sistema multimídia é bem completo. Integrando instrumentos analógico (velocímetro) e digitais (o restante, incluindo todas as informações fornecidas pelo computador de bordo), o quadro de instrumentos do Nissan Kicks Play possibilita boa visualização. No pacote de itens de segurança, destaque para o novo sistema de alerta de colisão frontal com assistente inteligente de frenagem, seis airbags, controles eletrônicos de tração e estabilidade e o monitoramento da pressão dos pneus.
A lista de equipamentos de conforto inclui ar-condicionado, acendimento inteligente dos faróis, bancos dianteiros com tecnologia Zero Gravity (ajuda no conforto em viagens longas) e controle automático de velocidade. Para manobrar em espaços reduzidos e sair de vagas apertadas e em subida, o motorista conta com sensores de estacionamento traseiro, assistente de partida em rampa, boa calibragem da direção elétrica e câmera de ré. O motor é o já conhecido 1.6 16V Flex, que tem uma performance apenas razoável, com acelerações e retomadas bem modestas. Já o consumo fica dentro da média dos SUVs desse porte: com etanol no tanque, apenas motorista e ar desligado, o computador de bordo registrou médias de 8,2km/l na cidade e de 9,4km/l na estrada.
O câmbio automático CVT tem seis marchas simuladas e funcionamento suave. A tecla Sport (S) melhora um pouco as respostas aos comandos do acelerador. Faltam opções de trocas manuais por meio de borboletas junto ao volante. O conjunto de suspensão tem um bom acerto, conseguindo absorver bem as irregularidades do piso e possibilitar um bom equilíbrio da carroceria quando se abusa naquelas curvas mais fechadas. Fora do asfalto, o Nissan Kicks Play conta com uma boa altura do solo e um bom ângulo de saída para trafegar com certa desenvoltura em estradas de terra ruins. Não se sai melhor porque o ângulo de entrada ruim acaba fazendo a frente raspar um pouco.
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