Meio ambiente e mobilidade urbana são os principais problemas da cidade para o parlamentar, que promete “respeito” aos demais vereadores.
O novo presidente da Câmara de BH, Juliano Lopes (Podemos) se mostra animado com as perspectivas de seu mandato e diz que a expectativa é trazer de volta à Câmara a democracia, o respeito aos funcionários e o respeito a todos os vereadores. Eleito com o voto de 23 parlamentares – contra 18 dados para a chapa encabeçada pelo líder de governo da legislatura passada, Bruno Miranda (PDT) -, ele destaca que a relação com o Executivo se dará “de forma harmônica e independente” e que não irá medir esforços para “contribuir com a cidade de Belo Horizonte”.
Entre os principais problemas da capital mineira, Juliano cita a mobilidade urbana e o meio ambiente, “ainda mais em tempos de aquecimento global”. A seguir, os principais trechos divulgados em entrevista pelo portal da CMBH, em que ele fala das prioridades de sua gestão e de como pretende conduzir o dia a dia da Casa.
Relação com os diversos partidos
“Todos os partidos com representação na Casa foram eleitos pelo voto democrático. Cabe a mim, como presidente, respeitar as pautas e ideologias de cada uma das legendas, colocando em votação seus projetos. Ao Plenário cabe decidir pelo voto se vai ser ‘sim’ ou ‘não’.”
Participação da sociedade civil
“Os mecanismos de participação, seja apresentando sugestões de proposição, seja com a sugestão de emendas ao orçamento ou participando de audiências públicas, são muito importantes. Nós manteremos todos os canais para que o cidadão comum possa ter acesso à Câmara Municipal, tanto presencialmente quanto por meio das redes sociais ou por e-mail.”
Meio Ambiente
“Além da Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, que desenvolve um trabalho muito importante, a Câmara também elege um representante no Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Então, nós vamos ver quem vai ocupar essa cadeira tão importante no conselho. Já na comissão vamos escolher vereadores que realmente tenham essa bandeira, para que possam fazer audiências públicas e visitas técnicas para contribuir com a cidade.”
Mobilidade urbana
“Esse é o principal problema da cidade. Temos um trânsito caótico. Eu moro no Barreiro e, para chegar aqui às 9h, tenho de sair de casa às 7h, 7h15. Na Comissão de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços também precisamos de vereadores que estejam interessados nesses temas. Apesar de termos uma perspectiva de metrô, ele só vai chegar em 2028. Mas 2028 está muito longe. Precisamos nesses três anos buscar, juntamente com a Prefeitura, soluções. A Prefeitura tem a intenção de criar um corredor do Move na Avenida Amazonas, que deve ajudar nessa questão da mobilidade, mas não basta. Temos um problema muito grande de mobilidade, que acaba influenciando no transporte público. Se eu, para vir do Barreiro para a Câmara, gasto pelo menos uma hora e meia, imagine o cidadão que pega ônibus para trabalhar.”
Subsídio para empresas de ônibus
“Não tem jeito de reduzir, porque já foi aprovado no orçamento para 2025. Eu não sou contra o subsídio, até porque ele existe nas principais capitais do país. Eu sou contra a forma que ele vem sendo utilizado aqui em Belo Horizonte. A Prefeitura dá o subsídio, mas quem está lá na ponta, que é o usuário, sofre com atraso dos ônibus, veículos antigos e superlotados. Nós temos de encontrar um denominador comum, pois sabemos que temos um problema de logística no trânsito, que acaba atrapalhando também as empresas de transporte.”
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