Prevenir é melhor que remediar

O exercício da cidadania na proteção do Meio Ambiente.

Estamos em um momento crítico ambientalmente falando. Quando um plástico cai na mata ou no rio, ele demora mais de cem anos para se decompor. Enquanto isso, estraga todo o equilíbrio dos seres vivos que ali vivem: as plantas começam a se degradar, os peixes, sem alimentos morrem, tornando-se escassos e os que permanecessem vivos poderão conter agentes poluentes em sua carne que, caso consumida, causará prejuízos diversos à saúde do ser humano e de outros animais.

Vive-se o momento em que a Natureza se apresenta especialmente desassossegada, com manifestações decorrentes, principalmente, de ações humanas que cobram um preço alto, tais como furacões, enchentes, deslizamentos, entre outros.

Os impactos ambientais da atualidade fizeram com que a preocupação com a questão ambiental se tornasse globalizada, e a cidadania presente nas pessoas aumentou a necessidade da preocupação com as ações ecológicas. Assim, nasceu a necessidade de agir agora para minimizar os impactos da sociedade de hoje sobre as futuras gerações.

Tendo se originado na Grécia, o termo cidadania atualmente perfaz várias definições decorrentes de sua modernização, englobando inicialmente as questões relativas à nacionalidade, que significa ser subordinado às leis e direitos ligados a um determinado país, até a inclusão do respeito ao meio ambiente como uma das exigências necessárias para um ser humano correto que cumpre com seus deveres de cidadão respeitável. Ser cidadão é inserir-se social e politicamente, é ser capaz de ter direitos e deveres, é dedicar-se à construção de uma nova sociedade, pois como “animais sociais” (termo designado por Aristóteles, filósofo grego) temos a necessidade do convívio em grupo, em sociedade.

A vida com cidadania pressupõe um respeito para com o meio ambiente em que se vive, porque na vida em sociedade devemos compreender que dividimos o nosso habitat com outros seres humanos e também outros seres vivos que participam dos processos ambientais e colaboram para a perfeita sintonia com o equilíbrio ambiental. Ela requer algumas regras de boa conduta e respeito mútuo para que vivamos em harmonia, e a natureza esteja equilibrada.

É importante reconhecer que a cidadania são também as ações simples do dia a dia, como o fato de não jogar lixo nos lugares impróprios e não poluir as fontes de água do planeta, já que esses recursos são de nossa propriedade. Assim, a ética relacionada à vida em sociedade e as ações que refletem soluções ou problemas para as pessoas que nos cercam, importam para que a natureza seja preservada gerando uma perfeita comunhão dos seres vivos com os recursos do planeta, sejam eles quais forem.

Esta consciência da realidade que nos cerca vem sendo desenvolvida a partir da constatação de que todos necessitam pautar suas ações e atitudes individuais, observando as consequências que uma simples tomada de atitude impensada pode causar em outros seres vivos do planeta. Com esta iniciativa vemos a cidadania fazendo parte das preocupações com a manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado para a aplicação da sustentabilidade.

Se cada um fizer sua parte, criando hábitos ambientalmente corretos, todos nós teremos como contribuir, direta ou indiretamente, para que as sociedades caminhem rumo ao desenvolvimento sustentável e para que a harmonia entre o desenvolvimento socioeconômico e a conservação da natureza deixe de ser mera utopia. Atitudes individuais e coletivas, como o consumo consciente no dia a dia e a exigência, pela população, do cumprimento das leis por órgãos governamentais em todos os níveis, são fundamentais. Portanto, temos o dever como cidadãos conscientes de proteger o meio ambiente que vivemos, a natureza e todos os seres que nela habitam, com ética, consciência e porque não dizer… cidadania.

Juliana Mendes Vasconcelos / Bióloga / Ma. em Ciências e Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável / Colaboradora da Promutuca / www.promutuca.com.br • adm.promutuca@gmail.com

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