Andamos em uma das versões topo de linha da picape compacta, a Fiat Strada Ranch, que tem como um dos principais pontos positivos o motor turbo 1.0 de três cilindros, de 130cv, que proporciona uma boa performance, tanto em acelerações quanto em retomadas de velocidade, com um nível de consumo razoável. Destaque também para o visual externo aventureiro, com grade frontal em colmeia, rodas de liga diamantadas, coberturas nos para-lamas e soleiras, santantônio na cor preta e os estribos laterais e no para-choque traseiro. O acabamento interno também é mais sofisticado do que as outras versões, com bancos em couro com detalhes na cor marrom, que também está presente no painel e nos painéis de porta. Por outro lado, pelo preço cobrado, a lista de equipamentos de conforto e segurança poderiam ser mais recheadas.
A frente da versão Ranch é mais sofisticada, com destaque para a grade na cor preta com detalhes cromados, onde está abrigado o logo Fiat cromado; para os faróis e luzes totalmente em LED e para a proteção de para-choque na cor cinza. De perfil, chamam a atenção as coberturas plásticas na cor preta nos para-lamas e soleiras, o santantônio na cor preta, os “airbumps” nas portas, os estribos e as rodas de liga de 16 polegadas com acabamento diamantado. Na traseira, vale citar as lanternas com moldura na cor escura e desenho claramente inspirado nas da picape Toro, tampa da caçamba com sistema de abertura fácil e o estribo antiderrapante que facilita o acesso à caçamba.
Por falar no compartimento de carga, a Ranch vem com protetor de caçamba, protetor do vidro traseiro, diversos ganchos para a amarração da carga, luz para iluminar o local, tampa com chave e capota marítima. Para quem tem interesse no transporte de carga, a Ranch pode transportar até 650 quilos, incluindo o peso dos ocupantes e do que está sendo levado na caçamba. Quanto à capacidade volumétrica, no compartimento de carga cabem 844 litros. Em termos de espaço na cabine, quatro adultos, desde que não tenham estatura elevada, viajam com certo conforto, com relativo espaço para as pernas de quem viaja no banco traseiro, cujo encosto tem boa inclinação.
O acabamento interno não chega a ser destaque, mas deixa boa impressão com o revestimento em couro dos bancos nas cores preta e marrom (o mesmo acontece com o painel) e detalhes em preto brilhante na moldura dos controles do ar. Regulagem de altura do banco do motorista e ajuste de altura da coluna de direção ajudam o motorista a encontrar uma boa posição de dirigir. Falta a regulagem de distância da coluna de direção. O volante tem boa pega e é multifuncional. Com tela sensível ao toque de sete polegadas e bem posicionada no alto do painel, facilitando a visualização, a central multimídia é fácil de operar, com conexão sem fio com Android Auto e Apple Car Play.
Entre os equipamentos de conforto, vale citar o carregamento do celular por indução e o ar-condicionado digital e automático. Na lista de segurança, destaque para os controles de tração e estabilidade, airbags laterais e monitoramento da pressão dos pneus. Faltam itens que contemplem a assistência à direção. Para sair de vagas apertadas ou em subida e manobrar em espaços reduzidos, o motorista conta com câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, boa calibragem da assistência elétrica da direção e assistência de partida em rampa. O motor 1.0 turbo, de 130cv com etanol no tanque, proporciona uma performance agradável, com boas acelerações (de 0 a 100km/h em 9,8s) e retomadas de velocidade, possibilitando ultrapassagens bem seguras.
Com relação ao consumo, quando rodamos com gasolina no tanque e apenas o motorista, com o ar-condicionado desligado, o computador de bordo registrou médias em torno de 10,8km/l na cidade e de 13,0km/l na estrada. Simulando sete marchas, o câmbio automático do tipo CVT aproveita bem a força do motor e possibilita as trocas manuais por meio de “borboletas” junto volante, que torna a tocada mais prazerosa, mais ágil. Suspensão elevada, pneus de uso misto e protetor de cárter contribuíram bastante para que a Fiat Strada Ranch conseguisse se sair bem nas estradas de terra com piso ruim que enfrentamos em nosso percurso de teste. No asfalto, o conjunto de suspensão, que tem McPherson na dianteira e molas parabólicas longitudinais na traseira (mais propícia para o transporte de cargas), conseguiu equilibrar bem os níveis de conforto e estabilidade.
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