As caixas de esgoto na Avenida Luiz Paulo Franco e Via Stael Bicalho já não estão suportando a carga recebida e vazando de modo constante. Para a direção da Associação de Amigos do Bairro, a rede dimensionada para o bairro não consegue atender a demanda recebida de novos empreendimentos na região.
O transbordamento de esgoto, um problema reincidente, que representa um risco para a saúde pública de moradores e prestadores de serviço do Belvedere, está trazendo também incômodo para quem transita pela Avenida Luiz Paulo Franco e Via Stael Bicalho. As caixas de esgoto, parte essencial do sistema de saneamento básico que são projetadas para coletar e direcionar o esgoto doméstico, não estão suportando a carga recebida e vazando de modo contumaz, em vários pontos das vias do bairro.
A Associação de Amigos do Belvedere (AABB) vem alertando à Companhia de Saneamento Básico (Copasa) sobre os vazamentos, porém sem uma solução para o problema recorrente dos esgotos a céu aberto. Segundo informou o presidente da entidade, Ubirajara Pires, a rede dimensionada para o bairro não consegue atender a demanda recebida de novos empreendimentos na região.
“Se a Copasa não aumentar a capacidade de recebimento desta rede, não haverá solução. A infraestrutura que temos hoje é a mesma de quando o Belvedere III foi instalado; nada de novo foi feito. A capacidade da infraestrutura atual do sistema de saneamento é insuficiente. Se a rede de esgoto não for dimensionada para atender a realidade atual de adensamento da região, se não houver investimentos neste sentido para expansão das redes, o esgoto continuará transbordando nas vias, causando mau cheiro e danos maiores à saúde pública com a infiltração de material contaminante no solo”, declarou Ubirajara Pires.
Incômodo e mal estar
O engenheiro e morador do bairro, João Norberto Abramo, disse ao JORNAL BELVEDERE que o mau cheiro exalado chega a seu apartamento na Avenida Luiz Paulo Franco, trazendo incômodo, e a demora do serviço prestado traz um mal estar maior a todos. Ele informou que “além do dimensionamento da rede de coleta, outros fatores também podem contribuir para o transbordamento, como a falta de manutenção adequada e regular nos sistemas, obstrução dos encanamentos por resíduos sólidos como fraldas, gordura e outros, a infiltração de água pluvial na rede através de uma ligação direta, ou por falhas no sistema de bombeamento. Indiferentes de tantas variáveis que possam causar este problema, o fato é que algo precisa ser feito, pois a situação tende a piorar”, ressaltou.
É importante ressaltar que o transbordamento do esgoto, independentemente da região ou do bairro, representa um problema sério para a saúde pública e ao meio ambiente. A manutenção regular e a prevenção necessitam de investimentos do Estado em infraestrutura nas cidades, principalmente, em locais de grande desenvolvimento. Outro detalhe importante é a conscientização da população sobre o descarte correto de resíduos e cuidados com a rede de saneamento básico.
Copasa confirma
Procurada pelo JORNAL BELVEDERE para comentar sobre o assunto, a Copasa enviou uma nota com o seguinte esclarecimento: “A Copasa confirma a existência de vazamentos de esgoto nos últimos dias no bairro Belvedere. Uma vez acionada, a Companhia prioriza o atendimento, no entanto, o trânsito intenso na região, por vezes, dificulta uma ação imediata.
Ainda assim, a Copasa busca encontrar uma solução definitiva para ocorrências dessa natureza, estão sendo realizadas visitas técnicas nas redes coletoras na área, a fim de identificar as causas destes vazamentos.”
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