Belvedere: um bairro em transformação | Esquina da José Maria de Alkimin com a “Champs Élysées”

Um dos melhores bairros de Belo Horizonte, Belvedere se reinventa com elegância e qualidade de vida. Com as mudanças na Lei do Uso e Ocupação do Solo, que possibilitou um novo zoneamento e flexibilização do comércio, a região está se transformando em um grande open mall, como a principal avenida da capital francesa.

Na década de 1970, Belo Horizonte passava por um intenso processo de urbanização. A cidade arborizada dava lugar à selva de pedras e aos inconvenientes de uma metrópole. Para fugir dessa agitação, algumas casas de alto padrão começaram a ser construídas em uma região afastada do Centro, conhecida como Lagoa Seca. Posteriormente, sua altitude e a bela vista inspirariam o nome atualmente conhecido.
De lá para cá, o bairro charmoso, projetado pelo arquiteto Ney Werneck com a participação do engenheiro Sinai Waisberg, com um urbanismo moderno, com paisagismo em suas ruas amplas, pouco adensado e bastante espraiado, sofreu várias mudanças. A vinda do maior centro de compras do Estado de Minas Gerais – o BH Shopping – para a região valorizou ainda mais o Belvedere e atraiu novos negócios e outros projetos de moradia.

Mais transformações

Com a população aumentando, vieram o Belvedere II e III, e agora, o Belvedere se prepara para uma nova fase, uma nova transformação: a ampliação de sua vocação comercial, como consequência da revisão no zoneamento de Belo Horizonte. Com a mudança, várias vias da região, antes exclusivamente residenciais, passam a poder abrigar escritórios e estúdios de profissionais liberais, estabelecimentos comerciais, malls, atraindo dezenas de marcas de luxo, restaurantes da culinária brasileira e internacional e galerias comerciais.

A presença do comércio mantém as ruas do bairro vivas durante o dia e à noite, mesmo quando algumas lojas já estão fechadas, a iluminação das vitrines e os estabelecimentos que permanecem abertos proporcionam uma atmosfera segura e pulsante para os residentes mais notívagos.

Creio que a flexibilização, além de ter valorizado os imóveis, incrementando assim o patrimônio de todos os moradores, tornará o bairro ainda mais convidativo”.

Gabriel Pentagna, empresário e morador do Belvedere

Morador e investidor

Gabriel Pentagna, CEO da Pentagna Incorporadora, avalia que, “com as recentes mudanças na política de zoneamento e flexibilização do comércio, o Belvedere pode se transformar em um grande open mall, um espaço atraente onde as pessoas poderão caminhar de um empreendimento a outro, usufruindo de uma variedade de opções de compras e serviços”.

Segundo o empreendedor, “o bairro é privilegiado, pois apresenta uma distinção muito bem-feita entre casas e prédios, fator que contribuiu para evitar um adensamento excessivo da região. Além disso, sua topografia é favorável, e não é caracterizado como um bairro de passagem, a exemplo de Lourdes, que registra alto tráfego de veículos e ônibus”, observa.

A Pentagna Incorporadora, em parceria com a Urb3, prevê a realização de cinco empreendimentos comerciais e de serviços na região, totalizando cerca de R$ 80 milhões em investimentos. Um dos projetos já foi entregue. A previsão é que os três empreendimentos fiquem prontos até o final do ano de 2024.

Um desses empreendimentos está localizado na divisa com o Parque das Nações, na Avenida José Maria Alkimin. Por isso, Gabriel Pentagna afirma que o Parque das Nações será adotado junto à Prefeitura de Belo Horizonte, permitindo um investimento de R$ 700 mil no local. “O projeto consiste na urbanização da área onde se situa o mirante. Também planejamos instalar uma obra de arte para que o lugar fique mais atraente”, explica Gabriel.

Como morador e frequentador assíduo do bairro do Belvedere por mais de 15 anos, ele encara essa recente mudança com bons olhos. “Creio que a flexibilização, além de ter valorizado os imóveis, incrementando assim o patrimônio de todos os moradores, tornará o bairro ainda mais convidativo. Afinal, proporcionará a comodidade de realizar todas as necessidades diárias sem grandes deslocamentos”.

E acrescenta que, “do ponto de vista do empreendedor, esta transição sinaliza uma oportunidade promissora. O bairro e suas adjacências são povoados por um público com alto poder aquisitivo, o que naturalmente atrai um comércio de excelente qualidade. Portanto, a previsão é de uma evolução positiva tanto para moradores quanto para os negócios locais “, avalia.

José Eugênio de Avelar Monteiro de Castro, presidente da Associação dos Moradores do Bairro Belvedere (AMBB), explica que o bairro já não é o mesmo de quando se mudou: “A transformação do cenário urbano é uma realidade, as construções de habitações multifamiliar é o principal fator de descaracterização, seguido pela instalação do comércio. Mas entendemos que isso contribui para a valorização de imóveis, e notamos que o comércio a ser instalado nas áreas autorizadas pela municipalidade é de altíssima qualidade, compatível com as demandas de seus moradores”, afirmou.

O presidente da Associação dos Amigos do Belvedere (AABB), Ubirajara Pires Glória, relata que “o crescimento do bairro está acontecendo de forma muito tranquila, dentro da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS), com equilíbrio, sem transtorno de impacto para a região, preservação das suas áreas verdes, para não serem confundidas com expansão urbana e melhoria da mobilidade de urbana, que avança com o Parque Ecológico Linear”, completou o presidente da AABB.

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