Dia Mundial do Meio Ambiente: somos a “geração da restauração”

Com o tema “Acelerar a restauração da Terra, a resiliência à seca e o progresso da desertificação”, comemoramos no último dia 05 de junho o Dia Mundial do Meio Ambiente de 2024.

Como todos os anos, a data é usada para refletirmos sobre os problemas ambientais e os impactos negativos das ações humanas sobre o meio ambiente, bem como buscar soluções que garantam a preservação dos recursos naturais. É sempre bom destacar o desafio do planeta diante de uma crise ambiental já enfrentada.

O tema deste ano aborda a grave crise climática em várias partes do mundo. Se por um lado algumas regiões passam por grandes períodos de secas e calores extremos, por outro, alguns países sofrem com frio intenso, ventos e temperaturas extremamente baixas. Já outros locais passam por problemas com chuvas fortes, enchentes e alagamentos. Os recursos naturais quando explorados de forma exaustiva e irresponsável, sem manejo ou planejamento, colocam em risco eminente dezenas ou milhares de vidas do ecossistema, comprometendo a biodiversidade como um todo. O problema se torna ainda maior quando a sensibilidade não se resume apenas aos recursos bióticos (plantas, animais e microorganismos), mas também aos abióticos (água, temperatura, luminosidade) que são essenciais para promover a vida na Terra. As reservas de água potável, rios, lagos e oceanos podem ficar, por exemplo, contaminados pela poluição, principalmente de resíduos plásticos ou de despejos impróprios nos mananciais.

Manter o Planeta Terra em equilíbrio significa resgatar e conservar as mais diferentes formas de vida, inclusive a nossa. Quando se propõe numa discussão mundial a restauração do planeta, na verdade fala-se da restauração da biodiversidade. Mas uma diversidade biológica que se manifeste não apenas nos animais e plantas ou numa cadeia alimentar, mas na real condição do ecossistema que é a “teia da vida”, um sistema onde todos os seres vivos estão em conexão, interligados numa ampla e complexa rede de relações de interdependência, parceria, cooperação, flexibilidade e diversidade.

Ainda como reflexão aos nossos impactos e comprometimentos com o meio ambiente, pensemos sempre em sustentabilidade, onde abordamos aspectos sociais, ambientais e econômicos de todas as nossas ações.

Todos nós fazemos parte de uma geração que é a primeira a testemunhar os efeitos devastadores da degradação ambiental, mas pouco fazemos para mudar essa situação. O ambiente está prestes a atingir pontos de não retorno. E então nos questionamos: restaurar ainda é possível? Sim, há uma esperança real. Mais do que possível, proteger a natureza, aumentar os meios de subsistência e a segurança alimentar de bilhões de pessoas ao redor do mundo é uma necessidade obrigatória.

A restauração bem-sucedida requer uma abordagem que utilize conhecimento, motivação e ambição não só na nossa, mas em todas as gerações. Afinal, somos a geração da restauração.

Juliana Mendes Vasconcelos / Bióloga / Ma. em Ciências e Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável / Colaboradora da Promutuca / www.promutuca.com.br • adm.promutuca@gmail.com

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