Fenômeno Rio Voador: um curso d´água que flui pelo ar

A Floresta Amazônica tem um importante papel no controle das variações das quantidades de água de praticamente todas as regiões do Brasil. Isso porque sua localização é favorável à recepção das massas de ar provenientes do Oceano Atlântico, fazendo com que as chuvas torrenciais caiam sobre a floresta. Sem ela, praticamente todo o país teria um clima semiárido, com chuvas escassas, porém associadas a temporais. Tal cenário certamente seria prejudicial para a população e para o meio ambiente como um todo.

Com a evapotranspiração intensa da floresta que é o processo pelo qual as plantas liberam vapor de água na atmosfera através da transpiração (já tratamos sobre esse assunto em outro artigo: “Amazônia: com que idade você descobriu que ela não é pulmão do mundo?”), juntamente com as temperaturas elevadas, são formadas massas úmidas em grandes quantidades que se deslocam para outras regiões do país, ou seja, a Floresta Amazônica funciona como uma “uma bomba d’água”, absorvendo e liberando muito recurso hídrico, além de bloquear a formação de ventos fortes, evitando o surgimento de grandes tempestades em forma de furacões.

Esse fenômeno natural de deslocamento de massas úmidas é chamado de “rios voadores”, que nada mais, nada menos, são correntes de vapor de água que sobem para a atmosfera e são transportados pelo vento, formando as correntes que se movem pela região e que podem viajar por milhares de quilômetros. São extremamente importantes para o clima e para a segurança hídrica do Brasil e da América do Sul, pois ajudam a regular o ciclo hidrológico, ou seja, a distribuição de água na natureza, em grande parte dessa região.

“Esse fenômeno natural de deslocamento de massas úmidas é chamado de “rios voadores”, que nada mais, nada menos, são correntes de vapor de água que sobem para a atmosfera e são transportados pelo vento, formando as correntes que se movem pela região e que podem viajar por milhares de quilômetros. São extremamente importantes para o clima e para a segurança hídrica do Brasil e da América do Sul, pois ajudam a regular o ciclo hidrológico, ou seja, a distribuição de água na natureza, em grande parte dessa região.”

A umidade transportada pelos rios voadores é fundamental para manter a irrigação do solo, molhar as plantações, alimentar rios e lagos, além de fornecer água para consumo humano e animal. Além disso, os rios voadores também têm um impacto significativo no equilíbrio das temperaturas e dos níveis de umidade em diferentes áreas do planeta. As grandes quantidades de vapores de água fornecidas pelos rios voadores ajudam a prevenir a desertificação e a manter a biodiversidade no planeta Terra.

Com base nesses conhecimentos, fica claro fazer a ligação entre rios voadores e Floresta Amazônica bem como a proteção de ambos, uma vez que sendo dependentes entre si, são indispensáveis para o equilíbrio ambiental.

O desmatamento vem crescendo a cada ano. No Brasil, muito dessa devastação vem do fato de que muitas vezes, a sociedade não reconhece o real valor da Amazônia, percebendo apenas os benefícios econômico-financeiros que podem ser obtidos com a exploração da floresta.

Assim, a sua destruição está cada vez mais próxima de um ponto crítico em que o bioma amazônico não conseguirá se recuperar através dos processos naturais de regeneração ambiental provocando mudanças significativas no meio ambiente da América do Sul como um todo. Dentre essas mudanças está o fenômeno das alterações nas temperaturas e precipitação das chuvas que será modificado como já estamos presenciando nos últimos dias (já que a Floresta Amazônica é responsável por 25% a 50% de toda a chuva da região sudeste).

Juliana Mendes Vasconcelos / Bióloga / Ma. em Ciências e Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável / Colaboradora da Promutuca / www.promutuca.com.br • adm.promutuca@gmail.com

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