O cão Pingo fica no Belvedere

Atendendo a uma solicitação de moradores, o deputado federal, Fred Costa (Patriota), reeleito nesta última eleição, enviou ofício ao secretário de Governo da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Josué Valadão, solicitando que o cão comunitário, que atende pelo nome de Pingo, que mora da Avenida Celso Porfírio Machado, não seja recolhido pelo Departamento de Zoonoses, uma vez que não há registro de ataques, e pelo fato de o cão ser vacinado e ter sido adotado pelos moradores.

O Fox Paulistinha Pingo é conhecido no Belvedere por vários moradores, por vigias, e funcionários de construção civil e corredores, por seu espírito de lealdade e companheirismo. Ele está em todo lugar e por isso estabeleceu laço de dependência e de afeto com a comunidade. Através de uma denúncia anônima no BH Digital, citando ataques do cãozinho a pessoa que passava pela via, a Gerência Regional de Fiscalização esteve no local e disse constatar que o animal é agressivo. Por causa disso, o órgão estabeleceu um prazo de sete dias úteis para que o cão fosse retirado da rua, sob pena de ser apreendido para o canil municipal. Foi aí que começou a campanha “O Pingo fica” realizada por um protetor que se diz pai do fox paulistinha.

José do Carmo Pinheiro, aposentado e morador do Sion, adotou o animal desde que o mesmo passou a acompanhá-lo em suas caminhadas. Ele cuida do bichinho e frequenta o bairro três vezes para alimentá-lo. Já comprou uma casinha de plástico e até uma coleira com identificação.

Sandra Dayrell, jornalista e funcionária pública, disse que o Pingo é seu inquilino e que não tem como uma pessoa não gostar do animal. “O que se percebe é que ele tem um histórico de maus tratos, pois não gosta que você pegue nele. Exceto isso, ele é a alegria da rua. Não vejo motivos para tirarem o Pingo daqui. Ele é o nosso xodó, não incomoda ninguém, não late. Além disso, Pingo é meu vigia, pois está atento a qualquer movimento na porta da minha casa”, declarou a moradora.

A Lei Estadual 21,970, de 2016, que dispõe sobre a proteção, a identificação e o controle populacional de cães e gatos, prevê que cão comunitário não pode ser recolhido pela Zoonoses. “Mesmo que ninguém possa adotá-lo e levá-lo para a casa, um dos vizinhos pode se tornar o tutor legal, mantendo o cãozinho pelo bairro”, disse um advogado morador da rua que não quis se identificar.
Com a palavra, a PBH.

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