Praça Íris Valadares, no Belvedere, receberá um novo projeto arquitetônico e urbanístico

Os recursos para execução das obras de qualificação são provenientes de emendas de vereadores. Anteprojeto está sendo analisado pela diretoria da Associação de Moradores do Bairro Belvedere (AMBB), antes de ser encaminhado à PBH.

A Praça Dr. Íris Alvarenga Valadares, localizada entre a Avenida Celso Porfírio Machado e a Rua Carmine Zupo, próxima à Marinha do Brasil, receberá uma nova qualificação arquitetônica e urbanística. Um projeto preliminar, executado e doado por uma arquiteta, está sendo estudado pela diretoria da Associação de Moradores do Bairro Belvedere (AMBB), antes de ser encaminhado à Prefeitura de Belo Horizonte. A modernização acontece graças a uma emenda impositiva da vereadora Fernanda Altoé (Partido Novo), que destinou R$ 500 mil para as obras na praça, através de uma solicitação da Associação. Além de Fernanda, o também vereador Ciro Pereira (PRD) está destinando R$ 100 mil de emenda parlamentar. As verbas serão aplicadas pela Prefeitura de Belo Horizonte, exclusivamente, na reforma da praça.

A proposta da diretoria da Associação de Moradores é transformar o espaço em um local mais aconchegante, mais bonito e sobretudo funcional para o que ele se propõe. Segundo informou o presidente da AMBB, José Eugênio Castro, a vereadora Fernanda Altoé solicitou um anteprojeto arquitetônico contendo as sugestões dos moradores, para ser encaminhado aos projetistas da Prefeitura de BH.

Espaço danificado

Atualmente, o espaço vem sendo utilizado de forma inadequada, em eventos que comprometem a própria estrutura física da praça. “Queremos que este espaço ofereça mais qualidade de vida a todos os moradores, com utilização de forma correta e segura, para a boa convivência de todos que ali frequentam. Temos assistido vários motoristas estacionando seus veículos dentro da praça, danificando o espaço. Como acontece durante a realização de exposição, como a de carros antigos. Em outras ocasiões, após a realização de eventos de música, como festivais de rock já realizados no local, o espaço fica totalmente sujo, sem condições de uso pela população no dia seguinte, com um rastro de sujeira misturada com urina e resto de alimentos e bebidas que são vendidas e consumidas no local”, explicou o presidente da AMBB.

O equipamento público possui uma pequena área verde e foi revitalizado em 2011, na administração Márcio Lacerda, quando recebeu 11 equipamentos de ginástica para a instalação da academia a céu aberto. A modernização do espaço pretende coibir abusos e a utilização de forma inadequada que acaba impedindo outras pessoas de usufruírem do espaço que é público.

Curiosidade

A nomeação ou denominação de uma praça são definidos pela Câmara Municipal, através de projetos de lei propostos por vereadores eleitos. Geralmente, a denominação é um ato que homenageia pessoas ilustres ou que participaram da história. No Belvedere, o relato é que o equipamento recebeu este nome – Dr. Íris Alvarenga Valadares – em homenagem ao pai do político, administrador e atleta profissional, e ex-presidente do Atlético e morador do Belvedere, Luiz Otávio Ziza Mota Valadares.

Interessante é que o endereço do espaço muitas vezes aparece como Praça Dra. Iris Valadares. Nos relatos da história, o nome da Dra Íris marca e registra a presença e a entrada das mulheres nas escolas de medicina e na profissão no ano de 1930, mostrando como a mulher foi vencendo barreiras. O processo, embora lento na época, já se mostrava irreversível com um registro importante de uma formanda, em 1936.

A Dra. Íris Alvarenga Valadares foi uma dessas mulheres que marcou presença na Escola Médica Mineira, para vencer barreiras familiares e sociais de uma profissão onde “deveriam submeter-se ao temido exame de admissão em que enfrentavam não apenas as dificuldades de conteúdo, mas também as resistências dos professores examinadores, todos do sexo masculino”, como escreveu Ismênia de Lima Martins, em seu artigo na Revista “Crítica de Sociologia e Política – Mulheres médicas: combates e conquistas. Um estudo de caso.”

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