Artes da Terra é modelo para projeto de fortalecimento do artesanato no Estado

Trabalho desenvolvido pela Associação Associação de Artesãos de Nova Lima – Artes da Terra, entidade que há quase 20 anos incentiva e valoriza o artesanato local, está contemplado pelo Projeto de Fortalecimento do Artesanato, da Gastronomia Típica e da Identidade Cultural de Minas, idealizado pelo deputado federal Fred Costa (Patriota), que pretende profissionalizar o trabalho do artesão, potencializar vocações regionais e projetar o artesanato mineiro.

Identificar, coordenar e desenvolver atividades que visem a valorização do artesão mineiro, elevando os conhecimentos no âmbito cultural, profissional e econômico, além de promover o artesanato mineiro e fortalecer a comercialização de produtos. Essa é a proposta do Projeto de Fortalecimento do Artesanato, da Gastronomia Típica e da Identidade Cultural de Minas Gerais, idealizado pelo deputado federal Fred Costa (Patriota), que pretende profissionalizar o trabalho do artesão, potencializar vocações regionais e projetar o artesanato mineiro.

O coordenador do projeto, Gutty Pianetti, explica que o trabalho é feito a partir de uma visita onde são identificadas as características culturais de cada cidade. O projeto-piloto começou com a Associação de Artesãos de Nova Lima – Artes da Terra, entidade que há quase 20 anos incentiva e valoriza o artesanato local, mantendo viva a história de Nova Lima. Segundo Pianetti, além do rico artesanato produzido, a Associação também trabalha para projetar a gastronomia local, mais especificamente através da queca e a lamparina, que são registradas como patrimônio imaterial do município desde 2017.

 

Para se ter uma ideia, de imediato já foram providenciadas as carteiras do artesão e um contato junto à Emater, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, para oferecer qualificação na área, e um forno para a queima da cerâmica já está sendo providenciado. “Queremos que os artesãos sejam mais presentes e tenham mais condições de comercialização. Para isso, é preciso conscientizar cada parceiro desse projeto sobre seu potencial. Dessa forma, as associações vão atrair mais pessoas que queiram mostrar seu trabalho”, explicou Gutty Pianetti.

Artes da Terra

Patrimônios nova-limenses – As quecas são os famosos cakes, ou bolo de frutas, receita dos ingleses feita com frutas cristalizadas e especiarias e que ficou de herança para a cidade. Já as lamparinas são um doce feito à base de massa folhada e coco. A tradição da lamparina em Nova Lima remonta ao ano de 1881, quando o então imperador Dom Pedro II visitou a cidade e foi surpreendido com uma adaptação do pastel de Belém, de origem portuguesa.

A Associação de Artesãos de Nova Lima – Artes da Terra mantém sua proposta de apoiar os artesãos da cidade, fortalecendo o crescimento do artesanato. A atividade funciona em uma casa localizada na Rua Santa Cruz, no centro de Nova Lima, que foi totalmente reformada e caracterizada para abrigar os trabalhos dos profissionais que integram a Artes da Terra. A loja recebe diariamente moradores e turistas interessados em peças e artigos permeados de propósito e significado.

Geração de oportunidades de trabalho e renda

Para conseguir projetar o trabalho dos artesãos, o deputado pretende destinar emendas parlamentares para viabilizar todo o processo. Para Fred Costa, o mais importante é que ao identificar e aproveitar as vocações regionais, é possível desenvolver ações voltadas para a geração de oportunidades de trabalho e renda dentro dos municípios. Além de preservar a história e a cultura de cada cidade e região, promover capacitação de artesãos para que se tornem novos empreendedores e fortalecer a economia local.

Até o momento, cerca de 65 cidades já foram mapeadas para acompanhamento do processo de produção e identificação das vocações que serão desenvolvidas. “Não existe um projeto padrão. Para cada cidade, um modelo será criado de acordo com o diagnóstico. Temos encontrado muitas surpresas nesse trajeto. Em São Brás do Suaçuí, por exemplo, nos deparamos com uma vertente musical, com um coral de 250 anos de tradição, com participação de pessoas de 12 a 80 anos. Um verdadeiro tesouro cultural”, revelou Pianetti.

Todos os levantamentos feitos nas cidades visitadas são registrados em fotografias, para o diagnóstico e a identidade cultural do município. “Aquilo que é mais forte, na vivência da população, será evidenciado e trabalhado. Há uma cultura muito grande em volta da gastronomia das quitandas, onde bolos, biscoitos e kubus contam a história de uma região. O que mais temos encontrado são artesãos carentes, que não sabem de seus direitos. Assim, queremos dar a eles as condições para que esse artesanato chegue às grandes feiras e seja comercializado para o bem dessas pessoas”, relatou.

O trabalho é feito junto a associações ou de forma isolada com o artesão. E, embora tenha sido definido para iniciar há 4 anos, por causa da pandemia somente agora está sendo realizado. Mas, o importante é que ele não tem data para terminar, enquanto houver um artesão, um artista, o projeto de identificação e projeção desse profissional se manterá.

Share this post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *